

Admito. Viver é pra todos, mas conviver não é pra qualquer um. Até pode ser, se esse tal de "qualquer um" estiver disposto a aprender essa arte que, provavelmente, será até o fim um aprendizado ardoroso, saboroso também é verdade, mas que não vai admitir pessoinhas não. Pra conviver Bem tem de se despojar; tem que ambicionar ser gente grande, mesmo quando a necessidade for de fazer estripulias, dar boas gargalhadas...porque, pra fazer meninices (aquelas que aparecem na hora certa) também tem de ter maturidade.
Desde sempre, vivemos em grupos. Sejam eles grandes, pequenos, ideológicos, tribais...mas nunca vi o grupo dos iguais! Este eu des-co-nhe-ço. Então, se não somos iguais, mesmo que, por vezes, nos vejamos no outro tão semelhantes, como dizer que qualquer convivência será fácil? Meus amigos, por exemplo: nunca vi tamanha dessemelhança entre todos! Cada um com sua esquisitisse, com sua singularidade, seu defeitos e suas muitas qualidades...Diferentes! Ás vezes me sinto a mais estranha e, outras vezes, a mais similar (Que palavra feia! Mas, não achei outra. rsrs) Parece boa a ideia de desistir e sair por aí, virar hippie pra fingir que vive independente do mundo pelo qual é rodeado. Mas, louco mesmo, no bom sentido, é aquele que se deixa levar pela real proposta da vida de conviver; que paga pra ver o que os laços e desamarras podem ensinar; que não tem medo dar e pedir perdão; que tenta não fazer cara feia para as tolices que o amigo pensa em fazer; e, se faz cara feia, logo em seguida dá um sorriso desconsertado de quem não concorda, mas quer compreender.
Honestamente, quem não aceita conviver; olhar as diferenças do outro e lembrar que para ele o diferente é você; quem não quer aprender a dialogar; que acha que a vida é um infinito monólogo; quem abole o verbo refutar, quando este vem do lado de lá, tá precisando é de conviver por um bom tempo com um espelho, assim, não levaria muito tempo pra entender quão insuportável é lidar com quem não tolera o mundo do outro.
Um comentário:
Odiava as diferenças... mas é pq eu era diferente...rs... depois que me aceitei, confesso: é uma das coisas mais interessantes q existem nesse mundo!
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