quinta-feira, 31 de março de 2011

Esquece o verso...hoje é o REVERSO

Depois de um bom tempo sem motivações que me fizessem retornar a este espaço aqui, volto para deixar grafados dois comentários que ouvi na televisão na última terça-feira, dia 29. Os comentários foram feitos quase que no mesmo horário, já que eu mudava incessantemente de canal para procurar algo que me fizesse parar em frente à tv. E, após várias tentativas frustradas de achar algo interessante, parei um pouco no novo programa da Hebe na RedeTv, apresentadora que até admiro, mas que após mostrar uma reportagem que pareceria de fato interessante, sobre as diferenças culturais entre o Brasil e um país Islâmico, pronunciou ao final da matéria que tinha pena das meninas daquele país, por serem tão lindas e terem uma vida tão restrita. Já que elas não usavam biquine fio dental na praia; não ingeriam bebidas alcoólicas num bar; nem beijavam a boca de vários gatinhos na balada. Então, ela é escrava porque a sociedade em seu país a obriga a viver os seus costumes?
E quem disse que esse modo de viver aqui no nosso país; a nossa "cultura", na maioria das vezes importada, também não é uma imposição social? Que ignorância é essa de achar que a cultura do outro é inferior à nossa?
Talvez esse seja o pensamento de quem acredita que "a tv é hoje a Ágora da Grécia antiga", não é Pedro Bial? (Foi o que ele disse, quando mudei de canal novamente e ele anunciava a ganhadora do prêmio do programa). Entre tantos discursos confusos no decorrer do programa, essa foi a ultima garfe que ele soltou. A televisão é hoje onde discutimos, pensamos, filosofamos sobre  a vida! Na verdade, é óbvio que discute-se sobre a vida em qualquer lugar e diante de qualquer situação, mas colocar a tv (um instrumento de entretenimento) como espaço por excelência da cidadania e da reflexão filosófica...??? Isso é tacada de mestre, para quem quer ratificar a a ideia de se ter um povo alienado, que não admite as diferenças alheias e que prefere aceitar como verdade o que ouve e vê numca caixinha mágica que tenta se declarar todos os dia onisciente, onipresente e onipotente.

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