
Nada melhor do que o tempo para nos provar que, na verdade, o que ganhamos não está em nossas mãos e sim em nossa mente... para os mais românticos, no coração. O que temos nas mãos é inseguro e, geralmente, se perde e o que se perde, na verdade, nem era nosso.Os mais conformados dizem que o que a mente guarda também se perde com a morte.Talvez pensem isso porque insistem em não acreditar que depois da morte ainda há muito o que se viver... Após este indestrutível obstáculo fica-nos a alma, esta sim, eterna e única acumuladora de nossos esforços e intensões, muitas vezes ferida, mas nunca mortal. Eis a nossa herança de nós mesmos.Portanto, prender-se ao que se possui é refugiar-se no mundo do ter, é ingnorar o mundo das coisas simples, aquelas que realmente nos tiram um belo sorriso e nos dão um prazer tão puro e menos egoista do que o prazer das "paixões" que duram pouco e tornam-se abrigo das desilusões, sendo em si a própria ilusão. Alguns demoram muito para descobrir o quanto são livres, por tentarem de todas as formas usar da liberdade para satisfazer-se apenas. E quando descobrem que o verdadeiro sentido de ser livre é simplesmente poder escolher, já estão escravisados por seus próprios desejos.
É melhor optar pela liberdade. Chorar, sorrir, gritar...mas sabendo que cada sentimento e atitude guardam uma resposta da vida. No entanto, o ser humano nunca tem mais de duas opções de felicidade: a passageira e a eterna.Proclamemos que escolham a eterna! Essa dói algumas vezes, pois o eterno não admite fruto verde, tem que ser maduro, sem passar do ponto, e isso exige um poco mais do que satisfações. Impõe vigilância, para que sejamos inteiramente donos de nossos atos e por eles responsáveis.
E no final de tudo, aí sim, percebe-se o que realmente se ganhou e se perdeu, olhando para as mãos e vendo nada mais do que marcas, e com elas...a alma.
Um comentário:
Bravo...!!!
É uma pena que a humanidade tenha perdido o real sentido da liberdade, e tenha-na confundido com a libertinagem que reina no mundo presente.
Ser livre é muito mais do que sair de casa aos 18, beber até cair ou colocar 200 por hora em um carro rumo ao precipicio; por incrível que pareça, ser livre é prender-se a determinados principios de vida, e por eles viver...
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