PALAVRA

Tão perigoso quanto doce é esse imenso universo verbal que esconde a nossa boca, que ora pode ferir, ora pode alegrar, ás vezes pode matar e outras vezes até ressucitar uma alma. Não é nada poético isso que tento explicar. Vários estudiosos da língua já atestam que a mesma não tem mais a simples função de comunicar-se, mas de persuadir, convencer, expor opiniões, constituir sentidos, em fim, a palavra não tem nada de inocente. Mesmo que inconscientemente, trazemos uma língua carregada de intecionalidade; E isso não é por maldade humana não! É algo inerente mesmo à lingua humana. Mas não quero aqui expor um artigo científico. Apenas precisava de algo que me ajudasse a "argumentar" (convencer o meu leitor) sobre o poder que as palavras trazem em si e como devemos utilizá-las com responsabilidade.

Tudo o que é dito por alguém, por mais neutro que pareça, vai surtir efeito de alguma forma...vai passar uma impressão, vai elevar a auto estima de alguém ou diminuí-la, vai fromular um conceito ou revelar um preconceito, vai fazer alguém se apaixonar ou odiar...o certo é que, falar, embora seja algo tão corriqueiro nas nossas vidas, traz muito mais de nossas ideologias do que aparenta. Já reparou que em todas as nossas falas, por mais democráticos que sejamos, há sempre a intenção de provar a alguém que nossa opnião faz sentido ou que estamos cobertos de razão? Mesmo que eceitemos todas as opniões alhieas, quando as nossas não são aceitas, sentimos lá no íntimo aquele desapontamento. Não se assuste! Você não é um egoista, arrogante e insensivel, você é HUMANO. Com as crianças já é assim: mesmo sem saberem falar, tentam a todo tempo convencer os pais de suas vontades. É inato.

Portanto, fale! Fale como sempre falou, como sempre quis falar, mas saiba "a palavra é grávida de poder" (Ana Isabel Machado), e quando você fala a palavra não é mais sua é de quem ouve e de quem soube (rs). Acho que é só.