
Ontem a tarde fui visitar uma colega minha numa clínica onde ela trabalha e, enquanto esperava que ela voltasse do seu horário de almoço, algo interessante e engraçado aconteceu. Como a clínica ainda estivesse fechada, tive que aguardá-la num corredor frente á uma escada, no qual eu via todas as pessoas que passavam na rua, embora elas não pudessem me ver. O fato é que os "andantes" trafegavam por ali, que era uma rua deserta, e decerto não imaginavam que poderiam estar sendo vigiados por alguém: eu...rs
Nada para fazer, mente vazia, dá nisso. A primeira criatura que chamou minha atenção ao passar naquela portinha devia estar agoniada já há alguns quilômetros, pois na primeira oportunidade que ela teve de tirar aquela calcinha que a incomodava, ela o fez com tanta satisfação que, de verdade , chegou a me emocionar...rs ouvir o estalo daquele elástico me fez sentir na pele a sensação de alívio que aquela senhora experimentou. Penso que os olhos dela deram um giro de 360° numa demonstração de conforto. (Sim , penso, porque isso confesso que não vi).
A segunda vítima do meu olhar atento e sem nada mais importante para fazer foi um rapaz, que se sentindo em casa e sem ninguém para perturbá-lo, tirou algo das suas narinas que era de impressionar qualquer o-tor-ri-no-ra-lin-go-lo-gis-ta, já acostumado em ver aquele tipo de aberração, e adivinhem onde aquele rapaz, de aparência tão agradável, colocou sua obra prima? Isso mesmo, na porta que dá entrada à escada onde eu, tão discretamente, esperava minha colega. Já fiquei ali imaginando como eu iria sair sem ter que me deparar com aquilo.
Bom, depois disso, foi gente que passava coçando as partes íntimas, falando mal da vida alheia, falando sozinha...ah, teve uma criatura que carregava consigo uma bíblia, mas tomando uma topada soltou um palavrão daqueles!..mas foi em voz baixa Senhor, acho que só eu ouvi. Eu já estava até me divertindo com aquilo, sorria sozinha naquele corredor vazio e frio e refletia sobre aquela situação me sentindo a filósofa do momento, com os meus objetos de estudo bem ali à minha frente, sem perceberem isso...Quando de repente ergui a cabeça e percebi que não estava sozinha &#@%$ nenhuma. Tinha um "vigia" lá no andar de cima também, que provavelmente estava ali fazendo o mesmo que eu, só que para ele o "objeto de estudo" era essa pobre criatura que vos escreve. Ele também parecia estar esperando alguém e, ao olhá-lo, recebi um sorriso de lado...eu meio sem graça , balancei a cabeça para ele e fui esperar minha colega lá em baixo mesmo, onde todo mundo via todo mundo (se é que isso é possível). Desci as escadas tão boba com a ironia que o destino me pregou que, graças a Deus, nem me lembrei "daquilo" que o rapazinho havia colado com tanto apreço na parede da escada. Então fiquei tentando me lembrar se fiz alguma coisa que me comprometesse, como aqueles inocentes que passavam sob meu olhar.rsr
Conclusão: Cuidado com o que você faz por aí...tem sempre alguém te observando.
3 comentários:
engraçado me deu vontade de fazer todas as coisas que os objetos de estudo fizeram... rsrsrs.
kkkkkkkkk... essas coisas só acontecem contigo!!!
mas, confesso q eu ainda não aprendi... paredes realmente têm ouvido, olhos e boca...
Ahhh amiga....kkkkk. Todo mundo sonha ser invisível em algum momento da vida, né? Situação muito engraçada mesmo...rsrs. Bjus!
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